"O Julgamento de Gabriel"(O Inferno de Gabriel #2)
Título Original: "Gabriel's Rapture"(Gabriel's Inferno #2)
Autor: Sylvain Reynard
Tradutor: Fabiano Moraes
Editora: Arqueiro / Penguin Berkley
Lançamento: 2013 / 2012
384 / 386 pág.s
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"Eles estão vivendo uma paixão arrebatadora. Mas muitas pessoas são
contra esse amor. Gabriel Emerson e Julia Mitchell se conheceram há
muito tempo, quando ela ainda era adolescente, numa noite mágica e
confusa. Mas, apesar de todo o sentimento que nasceu entre eles, no dia
seguinte seus caminhos se separaram. Anos depois eles se reencontraram
quando Julia começou o mestrado na Universidade de Toronto. Gabriel era
um professor enigmático, sedutor e muito arrogante que a atormentava e
perseguia. No entanto, o que mais fazia Julia sofrer era ele não se
lembrar dela. Mas nem mesmo o insensível Gabriel é capaz de resistir à
profunda conexão que existe entre eles e logo os dois embarcam numa
tórrida paixão proibida. Com o fim do semestre e do curso ministrado por
Gabriel, eles deixam de ser professor e aluna e enfim estão livres para
viver seu amor. Ou pelo menos era o que pensavam. Após uma viagem
romântica para a Itália, durante a qual Gabriel ensina a Julia todos os
mistérios do prazer e, em troca, aprende com ela o significado do amor
verdadeiro, os dois veem seus sonhos ameaçados. Duas denúncias junto ao
Comitê Disciplinar da Universidade põem em risco o emprego de Gabriel e a
carreira brilhante e promissora de Julia. Será que o professor vai
ceder às ameaças ou irá lutar até o fim por sua amada? Será que essa
paixão conseguirá resistir a um julgamento implacável? Na apaixonante
sequência de “O inferno de Gabriel”, Sylvain Reynard constrói uma bela
história de amor, da qual os leitores jamais se esquecerão."
"O julgamento de Gabriel" era um livro que eu confesso que estava um tanto, como poderia dizer, cautelosa em ler. Não por falta de vontade ou coisa do tipo, porque o primeiro livro foi algo excepcional e não teria como esse encanto e a escrita maravilhosa não serem passados para a sua sequência, mas o que causava a minha cautela nada mais era do que uma espécie de paradigma que eu achei já estar intrínseco em trilogias.
Que paradigma me refiro vocês me perguntam?
Bem, o fato é que a maioria de trilogias ou sagas que li até hoje, seguem o seguinte parâmetro: o primeiro livro é a introdução a história, acontece um determinado conflito e logo depois uma solução, fazendo com que assim o primeiro livro acabe tudo perfeitamente bem. E ai que entra o papel do segundo livro, a sequência! A sequência tem como papel acabar com tudo!
Exatamente! Tudo que estava completamente perfeito no primeiro já era no segundo. O conflito volta ainda pior, os principais brigam, chegamos até a ficar com raiva extrema do personagem preferido e o rumo da história da vontade de arremessar o livro pela janela (só vontade, fazer jamais, livros são coisas preciosas minha gente!)!
É por isso que sou sempre cautelosa com qualquer "segundo livro" de trilogias ou sagas, porque eu tenho que estar com um espírito muito calmo e sereno (coisa rara!) para não sair aos berros e amaldiçoando personagens e autor.
Agora é o momento que vocês perguntam o porque dessa enrolação.
Porque?
Porque eu levei um belo de um tapa na cara com "O julgamento de Gabriel"!
Isso mesmo minha gente! Claro que eu achei que mesmo assim seria uma leitura muito prazerosa, porque convenhamos: Sylvain Reynard escreve como ninguém (só perde pra minha musa Jane Austen kkk), mas ainda assim achei que seguiria o meu chamado "padrão segundo livro" e de certo modo ele seguiu.
Até um certo ponto.
No começo as coisas estão as mil maravilhas, seguindo o mesmo clima do final do primeiro livro. Julia e Gabriel estão vivendo noites calientes na Itália e fazendo eternas juras de amor. Um curando os medos do outro e fazendo com que nós leitoras sonhássemos estar no lugar da sortuda da Julia.
Tudo ótimo e lindo, um mar de rosas, até eles voltarem e a universidade ter descoberto o caso deles (com a ajuda de pessoas bem invejosas e mau amadas devo acrescentar, mas sem mencionar nomes para não estragar a leitura, não é kk).
Desespero total!
Então acontece o efeito e tudo que era lindo desmorona: confusão, pessoas não querendo que o casal fique junto, um tentando salvar o outro da desgraça eminente e finalmente... a separação.
E Gabriel quase (quase!) me fazendo odiá-lo e querer queimar o livro no fogão mesmo!
Fiquei pensando que tudo se acertaria apenas no terceiro livro, mas eu ainda tinha muitas páginas para ler (graças a Deus!).
E é com grande maestria que Sylvain narra a vida de Gabriel e Julia separados. O sentimento de perda de um para o outro é passado de um jeito magnífico e simplesmente perfeito, nos fazendo ansiar cada vez mais para ambos se reencontrem e torcendo por uma reconciliação.
Esse livro me fez pensar que não são necessárias 300, 400 páginas ou um livro todo para mostrar a angústia e tristeza decorrentes da separação, mas que um certo número diminuto de páginas escrito do jeito certo e pela pessoa certa pode passar o sentimento perfeitamente bem e tornar a sensação quase real para o leitor.
"O julgamento de Gabriel" é com certeza uma leitura muito peculiar, ele tem os seus momento de sensualidade na dose certa, nada que fique excepcionalmente pornográfico ou coisa do tipo, momentos de romance que faz com que fiquemos com inveja da Julia, demonstrações de como sem que percebamos há pessoas, as vezes muito perto de nós, que querem e até planejam a nossa infelicidade.
É um livro que proporciona a vivencia de muitos sentimentos.
Houve um momento inclusive em que eu até chorei. Não de chorar incansavelmente, isso não, mas dos olhos marejarem e uma ou duas lágrimas escorrem. E não havia como ser de outra maneira, pois é um momento único do livro em que Gabriel vive uma experiência em que ele não sabe se foi sonho, se foi algo sobrenatural, benção divina... mas é inegável que é um "encontro" lindo e uma espécie de libertação para alguém como Gabriel que acredita ser um demônio com nome de anjo (sinto muito, mas não vou contar spoilers, não vou passar disso e nem explicar mais perfeitamente porque acredito que esse trecho deve ser lido e interpretado por cada um. Uma surpresa para os curiosos.).
Quando eles, Julia e Gabriel, se reencontram finalmente e ele conta todo o motivo de ter feito as coisas do jeito que fez não há como não notar como ele mudou ao longo da história, depois de conhecer Julia. De egoísta, egocêntrico, grosso e sei la mais quantos defeitos para um homem que fez e faria de tudo para que sua amada seja feliz, mesmo que seja vê-la com outro.
Surpreendente. Simplesmente.
E o meu tapa na cara foi ao fechar o livro. Tudo se bagunçou como eu imaginava, mas também tudo se arrumou de uma maneira extraordinária, o que me faz pensar: qual será o segredo de "A redenção de Gabriel"?
Todos os problemas foram resolvidos, o casal está mais do que feliz, os traumas todos superados e Gabriel totalmente mudado.
Então quais os segredos que Sylvain Reynard está guardando para o terceiro e último livro?
Fui deixada totalmente no escuro, sem saber o que pensar.
E adorei ser surpreendida desse jeito!
Não tenho nem ideia sobre o que vai acontecer, o que me faz dar mais assas a minha imaginação e isso é uma ótima coisa.
É sem dúvidas uma leitura que eu recomento muito, devorei o livro e mesmo assim não o fiz mais rápido porque as provas da faculdade não deixaram, porque de outro modo eu não teria nem mesmo dormido e terminado o quanto antes.
Só posso esperar o final dessa linda história com muita, mas muita, expectativa!
Leiam gente!
E meninas, sonhem com o Gabriel!
Kissus da Jess! >.<
Jéssica Paloma (eu, prazer) é resenhista do blog (livros *-*), ela está no 2º ano de Educação Física na UNICAMP (não tá fácil não galera >.<), adora ler livros (você disse LIVROS? *-*) e mangás, assistir animes, dança e a arte no geral.
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