Resenha: "Seis Coisas Impossíveis", de Fiona Wood

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Seis Coisas Impossíveis"Seis Coisas Impossíveis"
Título Original: "Six Impossible Things"
Autor: Fiona Wood
Tradutor: Ivan Panazzolo Júnior
Editora: Novo Conceito / Pan Macmillan Australia
Lançamento: 2013 / 2010
272 / 263 pág.s
*Adicione no Skoob / GoodReads
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"Dan Cereill levou um encontrão da vida: seu pai faliu, assumiu que é gay e separou-se de sua mãe, tudo de uma vez só. Enquanto isso, sua mãe recebeu de herança uma casa tombada pelo patrimônio histórico que cheira a xixi de cachorro, mas que não pode ser reformada... E, agora, Dan está vivendo em uma casa-relíquia que parece um chiqueiro, com uma mãe supertriste e sem conseguir falar com o pai — que ele ama muito. Suas únicas distrações são sua vizinha perfeita, Estelle, e uma lista de coisas impossíveis de fazer, como: 1. Beijar a garota. 2. Arrumar um emprego. 3. Dar uma animada na mãe. 4. Tentar não ser um nerd completo. 5. Falar com o pai quando ele liga. 6. Descobrir como ser bom e não sair abandonando os outros por aí... Mas impossível mesmo será: 1. Não torcer para que Dan supere seus problemas. 2. Não rir muito com os devaneios dele. 3. Não querer ter um cachorrinho como Howard. 4. Não desejar que a mãe de Dan encontre a felicidade. 5. Parar de ler este livro. 6. Não querer abraçar o livro depois de tê-lo terminado..."


   "Seis coisas impossíveis" foi um livro um tanto interessante de ler. Foi aquele típico livro que me fez ter váááárias emoções diferentes a flor da pele. Era um momento de diversão, um momento de raiva... 
    O personagem principal, Dan Cereill, é uma figura que faz você amá-lo em um momento e achá-lo um adolescente idiota no outro. Logo no começo, o pai declara que eles estão falidos, que é e que está se separando da sua mãe. 
  
 "...meu pai soltou a bomba - o negócio da família estava nas mãos dos interventores, ele declarara falência, ele era gay e estava saindo de casa."

   Quando li isso já pensei  "esse menino está afundado no azar!". E na verdade eu não estava errada. kkk Depois disso, Dan e sua mãe se mudam para um casa que a mãe de Dan recebeu de herança de uma tia que acabou de falecer, uma casa enorme, cheirando a xixi de gatos e que na verdade é um Patrimônio Histórico que eles apenas ganharam o direto se usufruir enquanto a mãe de Dan for viva. O dinheiro todo foi doado para a Galeria nacional, o carro seria confiscado e os diamantes ficaram do o dono de uma loja.

   Menino de azar... coitado... 

    Mas o mais interessante é que Dan mesmo sendo um adolescente de 14 anos, lida relativamente bem com tudo isso. Ele esta sempre fazendo listas de coisas que precisa fazer  para melhorar a vida dele e da mãe e até lista daquelas coisas que não conseguem fazer e, é claro, a lista das coisas impossíveis de acontecerem. 

   Nesse cenário é que Dan vê a vizinha, Estelle, e do nada, de repente mesmo, decide que esta extremamente apaixonado por ela. 

   Mas essa paixão dele, está mais para um obsessão que ele mesmo aceita como obsessão. E só torna ainda pior quando ele descobre que o sótão dele está ligado por um buraco com o sótão de Estelle. 
   
   Ou seja, obsessãooo total! 

    "- Não tenho obsessão nenhuma - respondo. 

    Ela revira os olhos. 
     - E eu não tenho espinhas - Assim como o Fred, ela consegue me ler como um livro."
   
   Nessa parte eu comecei a ficar meio impaciente. A paixonite de Dan por Estelle estava me irritando e o fato dela, no começo, ser uma menina meio "intocável" (e quase arrogante na minha opinião) estava piorando essa situação. 

   "Pelos no rosto, nariz inchado, olho roxo, roupas que não me servem direito - esse lance de me tornar um cara descolado está dando supercerto!" 

   Mas não posso negar que o sarcasmo desse menino me divertiu o livro todo! Quando as coisas começar a tecnicamente melhorar para Dan a leitura fica realmente mais prazerosa e flui com mais facilidade, não exatamente pelo fato das coisas estarem dando certo no livro, mas porque ele acaba ficando mais dinâmico. Mais coisas acontecem e não fica somente naquele drama adolescente. 


   Além do Dan ser muito interessante, parecendo sempre mais maduro para a idade dele. 

  "O castigo mais superficial para um curioso é descobrir algo que ele não quer saber. O verdadeiro castigo é ter que conviver com essa culpa. Estou levando os dois na cabeça." 

    É no geral um livro muito fácil de ler e em particular, me fez descobrir que eu ainda não tenho paciência pra certos dramas sem fundamentos de adolescentes. kkkkk Ainda bem que não há nenhum adolescente perto de mim na vida na vida real fazendo esses dramas, esse livro já me alertou da minha impaciência. 


   A mudança de Dan durante o livro é gratificante de se ver, assim como o fato de que certas coisas se resolvem com a ajuda do famoso tempo e quando menos se espera e até de modos estranhos. 


    No final do livro Dan encontra a lista de coisas impossíveis de acontecerem e qual não é a nossa surpresa ao ver que todas aconteceram ou estão acontecendo. Isso me fez pensar como as vezes na vida nós nos mesmos acabamos nos limitando a certas coisas ao pensarem que elas são impossíveis de se realizar, quando na realidade, elas estão mais ao nosso alcance do que imaginamos. 


   A única coisa que me deixou profundamente frustrada realmente ( e ainda estou e acho que sempre estarei) é o tão esperado diálogo de Dan com o pai. 

   Um diálogo que não aconteceu! 
   Ele passa o livro todo falando do pai, o evitando e sentindo a falta dele. Depois da fase de negação, vem a aceitação, mas ainda assim não querer falar com ele. Depois de tudo isso, quando ele finalmente decide que já está na hora de falar com o pai... isso não acontece! 
   A frustração da minha vida! Achei que seria o grande desfecho (ideal aliás), mas não... 
   Passei o livro todo esperando mais essa parte do que o desenrolar do Dan-Estelle e no final isso não aconteceu. 
   Estou até agora ainda procurando as páginas que faltam onde isso acontece e com esperança de achar. 
   Realmente frustrante! 

   Mas tirando esse fato triste que vou levar pro resto da vida, foi um bom livro para se ler, Fiona Wood escreve muito bem e soube criar um personagem adolescente que faz a gente se divertir e realmente querer que tudo de ajeite na vida dele. 



     Jéssica  Paloma (eu, prazer) é resenhista do blog (livros *-*), ela está no 2º ano de Educação Física na UNICAMP (não tá fácil não galera >.<), adora ler livros (você disse LIVROS? *-*) e mangás, assistir animes, dança e a arte no geral. 

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