Resenha: "Ai Meu Deus, Ai Meu Jesus", de @CARPINEJAR @BertrandBrasil

"Ai Meu Deus, Ai Meu Jesus"
Autor: Fabrício CARPINEJAR
Editora: Bertrand Brasil
256 pág.s
Lançamento: 2012
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Onde Comprar: Opção 1 - Opção 2


"Uma mulher não deseja um homem previsível.
É mentira.
Busca alguém que inspire confiança e segurança, que possa contar e fazer segredos, que saiba o que esperar dele para se desesperar por ele.
Um homem que ela tenha certeza que estará junto diante das mais fortes incertezas.
A verdade é que a mulher procura um homem previsível, mas intenso.
Nunca monótono, nunca parado, nunca acomodado.
Que viva sempre a mesma rotina com o ímpeto da descoberta, que renove o arrebatamento diariamente.
Um homem capaz de amá-la como se fosse sempre transar."

"Sexo é tudo para o homem, na primeira colocação do ranking, seguido de futebol e carro.O quarto e o quinto lugares ainda estão vagos." (pág. 11)

Olá pessoas, tudo bom?A resenha dessa semana é do livro "Ai Meu Deus, Ai Meu Jesus", último lançamento do Carpinejar e primeiro livro que li dele.É um livro com 91 crônicas curtinhas sobre sexo, amor e a vida conjugal.Antes de ler pensei que o livro era de histórias, ficção inventada pelo autor, mas são a realidade de situações vividas pelo autor e algumas de suas filosofias sobre a vida e os assuntos de mais enfoque no livro.

"Não existe paciência, somente fé.Mais da metade de um marido bom é imaginação feminina." (pág.43)

Apesar de ter gostado do livro e o achado muito divertido de ler, são textos que generalizam o homem e a mulher, sim, eu não conheço todos os tipos de relacionamentos e etc e sei que não são todos iguais, sim a grande maioria é como o Carpinejar descreve, e se não totalmente como ele descreve a maioria dos detalhes que ele escreveu, quase sempre estão presentes; no começo e por ter várias crônicas sobre o relacionamento entre casados, pensei que se trataria de um livro para casados, mas pode ser sim tanto para casados como para o que pretender ou que não(para ver um pouco de como é essa vida, para relembrar o namoro e a fase de quando um conheceu o moutro).

"Fotos de amor são ridículas, mas ainda mais ridículo é nunca tirar fotos de amor." (pág. 90)

Apesar de ele falar desde parte íntimas e outras, ele não faz de um jeito vulgar, ele fala mesmo as palavras, mas não vulgarizando.é um livro com conteúdo tanto para o homem como para a mulher, fala dos dois lados, sem machismo ou preconceitos, o autor apesar de contar experiências deles com a mulher, é neutro e não "puxa sardinha" para nenhum dos lados.Por realatar experiências de sua vida particular o autor pode a ter exposto, mas mesmo assim é uma forma de aprendizado para o leitor apesar do divertimento.

"Eu seria o analista do analisado.Um romancista diante dele.Não falaria, ditaria frase por frase.O terapeuta seria meu datilógrafo.Meu calígrafo.Quando contamos algo, já é ficção.A memória é muito quieta." (pág. 123)

A diagramação do livro é linda demais, muito perfeita, a capa é aquela acima, é aveludada(como Fallen, Cidade Mágica, etc), dentro na contra-capa e atrás tem uma ilustração(vou colocar abaixo), a as orelhas são diferentes e bem divertidas com o autor com o cabelo raspado e atrás na cabeça raspado escrito sexo, achei super legal a diagramação e o cuidado que a editora teve com o livro, e é de um autor nacional, e apesar do Carpinejar ser um sucesso ele é um sucesso e precisamos de mais autores nacionais sucessos como ele!
Os capítulos são curtíssimos, de 1 a 3 páginas e é um livro para se ler aos poucos, ler e refletir, ler e rir, um livro que vale muito a pena ter, ler e compartilhar; ah e quando forem ler não esqueçam do texto "Abraço de Judas", na página 100, foi o melhor, muito bom!!!

Parte de dentro

"Os desaforos de rua são cremes raros e instantâneos.Recuperam cinco anos em questão de dez segundos.O que são as plásticas perto de um elogio safado?" (pág. 155)

Mais alguns quotes/trechos: 

"Todo presidiário tem dez minutinhos de sol, um recreiopara banhar o rosto com a luminosidade da manhã.
Já quem é livre talvez passe 24 horas longe de um pátio, desprovido de um mísero contato com a luz do dia.Talvez não abra a janela, sequer levante as persianas, para espiar o azul do horizonte e criticar a temperatura dos relógios da rua." (pág.100)

"As mulheres queimaram a calcinha, o sutiã e as pantufas.
Os homens incineraram as ciroulas e os pijamas listrados.Não há mais nenhuma revolução sexual.Depois do anticoncepcional e do viagra, a impressão é que os tabus foram superados e não desponta recorde a ser quebrado no horizonte." (pág. 206)

O AUTOR:

 
Fabrício Carpi Nejar, ou Fabricio Carpinejar, como passou a assinar em 1998 (Caxias do Sul, 23 de outubro de 1972) é um poeta e jornalista brasileiro. Filho dos poetas Carlos Nejar e Maria Carpi, adotou a junção de seus sobrenomes em sua estréia poética, As solas do sol, de 1998. Em 2003 publicou, pela editora Companhia das Letras, a antologia Caixa de sapatos, que lhe conferiu notoriedade nacional. Desde maio, mantém a coluna que antes era ocupada por Moacyr Scliar no jornal Zero Hora. É mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

PLAYLIST:

-"Amor é Sexo, Prosa é Poesia" - Rita Lee ESCUTE/ASSISTA AQUI!

Espero que tenham gostado e até amanhã com promoção nova!