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sábado, 14 de dezembro de 2013

Doki Doki #21 - Festival Obon

   Eiii! 
   Hoje nós vamos falar sobre um dos festivais mais importantes do Japão: o festival Obon. 





   O festival obon é um feriado que acontece todo ano com o intuito de homenagear os ancestrais, fazendo uma comparação não muito boa podemos lembrar do nosso dia de finados aqui no Brasil, porém o deles é realmente bem diferente. 
Há a crença de que durante o festival os espíritos voltam para visitar os seus parentes, por isso é celebrado com muitas festas e rituais. Lanternas com o símbolo da família são penduradas em frente as casas para que os espíritos dos antepassados encontrem o caminho e muitas danças são realizadas. Ocorrem visitas aos túmulos, assim como oferendas de alimentos e flores são feitas em templos e em  “Butsudan” (altares montados nas residências).

   Ele acontece em 3 dias a partir do 13 º ao 15 º dia do 7 º mês do ano. No calendário solar esse mês seria Julho, porém no antigo calendário lunar (baseado nos ciclos da lua) esse mês seria Agosto, por isso, os meses de comemoração do Obon variam de região a região, apesar de nos últimos anos as comemorações terem predominado em Agosto, para coincidir com as férias de verão.

   O festival obon é comemorado a mais de 500 anos e originou-se com o budismo chinês, com a intenção de salvar os mortos que não conseguem desencarnar. Quando adotada pelos japoneses tornou-se um momento para cultuar a memória dos antepassados.

   No último dia do festival, no final da tarde, é realizada a cerimonia de "Toro Nagashi", que são lanternas flutuantes com os nomes dos falecidos escrito nelas e que são lançadas sobre as águas dos rios, lagos e mares a fim de guiar os espíritos no caminho de volta para o seu mundo, já que  o fogo é o elemento que ilumina a chegada das almas dos antepassados e também o caminho de volta. Esse dia também é conhecido como "festival das lanternas".






 Durante o Obon são tocadas músicas tradicionais alegres e, sobretudo, predomina um clima de jovialidade, gratidão e participação geral. Muitas famílias aproveitam a oportunidade para se reencontrarem, voltando das grandes cidades aos seus lugares de origem.




   A lenda do Monge Mokuen 

   Conta que Mokuen resolveu usar o seu poder para ver em qual plano astral encontrava-se o espírito de sua mãe, que havia morrido a pouco tempo. Como ela era uma pessoa muito bondosa, Mokuen imaginou que pudesse encontrá-la no Nirvana, mesmo local onde dizem ser a morada do Senhor Buda (o equivalente ao paraíso relatado na Bíblia Sagrada).

   Entretanto, o monge ficou surpreso ao descobrir que sua mãe renascera na dimensão dos Gaki (demônios famintos). Os seres que habitam esse mundo são esfomeados e sofrem de eterna sede. Ao ver sua amada mãe naquela situação de penúria, Mokuen,  que possuía o poder de fazer viagem astral, levou comida para ela. Porém, um fato inesperado aconteceu e aumentou o sofrimento de Mokuen: cada vez que a mãe colocava um pouco de comida, o alimento se transformava em fogo e queimava sua boca.
   Durante uma oração prolongada, Mokuen pediu ao sagrado Buda que ajudasse a aliviar a dor e o sofrimento de sua mãe. Buda, então, ouviu suas orações e aconselhou Mokuen para no dia 15 de julho, manter todos os monges da localidade enclausurados dentro de um grande mosteiro com o objetivo de que eles ficassem pelo menos por um dia sem pisar nos pequenos insetos e nas flores
.  No dia combinado, Mokuen chamou todos os monges da região para o grande mosteiro, dizendo que lhes ofereceria um grande banquete em homenagem à sua falecida mãe. Foi feita tanta comida que os monges passaram o dia inteiro comendo, bebendo e cantando, e ninguém se lembrou de sair do mosteiro. Quando o dia terminou, o espírito da mãe de Mokuen apareceu para transformada em um ser do 6º Plano Astral. Ela estava iluminada e tão leve que chegava a flutuar.
   Ao ver sua mãe iluminada e flutuando como um chouchin (lanterna de papel) ao vento, Mokuen ficou tão feliz que começou a dançar de alegria.
   Os monges, que estavam alegres de tanto comer e beber, gostaram da dança de Mokuen e saíram dançando atrás dele, acabando por  formar uma grande roda que passou a simbolizar o círculo da felicidade. Assim surgiu o Bon Odori, como dança que faz homenagem ao espírito de pessoas falecidas.
   Por hoje é isso galera! 
   Kissus da Jess! >.<

   Fontes:



     Jéssica  Paloma (eu, prazer) é resenhista do blog (livros *-*), ela está no 2º ano de Educação Física na UNICAMP (não tá fácil não galera >.<), adora ler livros (você disse LIVROS? *-*) e mangás, assistir animes, dança e a arte no geral. 


Coluna "Doki Doki" é publicada aqui de 15 em 15 dias , não percam!!!

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