Título Original: "When She Woke"
Autor: Hillary Jordan
Tradutor: Sônia Coutinho
Editora: Bertrand Brasil / Algonquin Books
Lançamento: 2013 / 2011
434 / 344 pág.s
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Onde Comprar: Opção 1 - Opção 2
"Logo após sua estreia, devido à história de suspense intrigante e à forte análise das emoções humanas, "Quando ela acordou", de Hillary Jordan, foi comparado a grandes clássicos da literatura, como A letra escarlate e Robinson Crusoé. Com o passar do tempo, tornou-se sucesso entre os críticos de todos os veículos de comunicação, figurando nas principais listas de mais vendidos dos Estados Unidos. Quando ela acordou é também uma fábula oportuna sobre uma mulher estigmatizada que luta para navegar na América de um futuro não tão distante, em que a fronteira entre igreja e Estado foi extirpada e os criminosos condenados não são mais presos e reabilitados, mas cromados e novamente soltos no meio da população, para sobreviverem como puderem. O livro apresenta uma metáfora, por exemplo, dos judeus europeus durante o domínio nazista ou dos negros americanos na década de 60. A transformação de um ser humano – ou transfiguração, como utilizado no livro – é um tema importante tratado por Hillary Jordan na história. As dificuldades que surgem ao longo desse processo fazem com que, segundo a autora, as pessoas enfrentem o desconhecido, a vida, com mais coragem. Uma mistura de temas polêmicos, como a separação entre religião e Estado, aborto e justiça com uma história cativante e uma heroína fantástica."
"QUANDO ELA ACORDOU, ESTAVA VERMELHA.Não ruborizada, não queimada de sol, mas com o sólido vermelho de um sinal de trânsito."(pág. 11)
O livro de hoje é um lançamento da Bertrand e que tem bastante potencial para fazer sucesso, ele é narrado em terceira pessoa, e conta a história de Hannah, que vive numa sociedade conservadora e religiosa.É uma distopia adulta que poderia se passar quase que nos tempos atuais, o aborto é considerado crime e nele a pessoa recebe a cor vermelha, se torna um Cromo, que é o nome dado a pessoa que recebeu uma cor depois de cometer um crime; por exemplo, na história amarelo é para quem cometeu roubos, azul para quem cometeu abuso sexual, etc, e depois de julgados ficam soltos na sociedade, mas eles se tornam exageradamente vigiados, todos podem saber aonde está(por um computador você acessa como um GPS e pode ver aonde a pessoa está e o que está fazendo), sofrem o preconceito e tem muitos direitos diminuídos.O modo como a religião é fortemente imposta me lembrou um pouco o livro 'Corações Feridos'(que resenhei há pouco tempo aqui no blog), no cenário do livro há uma mini ditadura disfarçada imposta por esta, onde todos tem que seguir e não questionar.
O livro de hoje é um lançamento da Bertrand e que tem bastante potencial para fazer sucesso, ele é narrado em terceira pessoa, e conta a história de Hannah, que vive numa sociedade conservadora e religiosa.É uma distopia adulta que poderia se passar quase que nos tempos atuais, o aborto é considerado crime e nele a pessoa recebe a cor vermelha, se torna um Cromo, que é o nome dado a pessoa que recebeu uma cor depois de cometer um crime; por exemplo, na história amarelo é para quem cometeu roubos, azul para quem cometeu abuso sexual, etc, e depois de julgados ficam soltos na sociedade, mas eles se tornam exageradamente vigiados, todos podem saber aonde está(por um computador você acessa como um GPS e pode ver aonde a pessoa está e o que está fazendo), sofrem o preconceito e tem muitos direitos diminuídos.O modo como a religião é fortemente imposta me lembrou um pouco o livro 'Corações Feridos'(que resenhei há pouco tempo aqui no blog), no cenário do livro há uma mini ditadura disfarçada imposta por esta, onde todos tem que seguir e não questionar.
"Não tivera permissão para usar uma lâmina desde que fora presa.No início, quando os pelos ali e em suas pernas começaram a crescer, passando de eriçados a sedosos, isso a horrorizara.Agora, pensar nessas vaidades femininas a fazia rir, um som feio, alto, no espaço fechado do compartimento.Agora era uma vermelha.Sua feminilidade não tinha a menor importância."(pág. 17)
Como disse acima o preconceito que os Cromos sofrem é bem forte, podemos fazer uma analogia ao 'Apartheid' que ocorreu na África do Sul, e o preconceito no geral, no Apartheid se tinha banheiros, escolas e até bebedouros separados para brancos e negros, tem um documento/carteira que deve ser apresentada para um oficial se encontrar um no caminho, tem restrição no espaço para onde pode ir, não poder comprar armas de fogo, etc, o que também tinha no apartheid.No livro tem um grupo que persegue os cromos e apesar de ser proibido pelo governo e este não conseguir acabar com os participantes ele mata e violenta os coloridos, o Punho, que é claramente uma analogia a Ku Klux Klan.O livro inteiro trabalha vários valores morais e períodos históricos e é uma enorme analogia(sei que repito essa palavra pela centésima vez, mas...) a muita coisa da nossa realidade.
Sem querer dar spoiler, pois esse é revelado logo no começo e é previsível, o pastor que engravida Hannah, Aidan, traz uma outra situação, o preço da fama, e durante o livro fica esse dilema, revelar e ter todos seus fiéis e sociedade contra si ou continuar na mentira?Pois se fosse uma pessoa 'comum' não teria uma proporção tão grande a que poderia chegar, mas esse é o quanto se paga por ser famoso, e como disse, muitos outros temas são trabalhados, o amor, o alienismo, o homossexualismo, a resistência física e moral do ser humano, fantasia e muitos outros, o que achei que faltou foi que a autora poderia ter mostrado como esse sistema entrou no poder e o por que dessa classificação de cores, poderia ter acontecido mais coisa além do final que acabou meio de repente e eu fiquei aqui, sozinho esperando por mais, foi um livro que eu pensei que iria acontecer mais coisa e a resolução fosse maior, mas durante a leitura eu sempre desejava por mais...
Como disse acima o preconceito que os Cromos sofrem é bem forte, podemos fazer uma analogia ao 'Apartheid' que ocorreu na África do Sul, e o preconceito no geral, no Apartheid se tinha banheiros, escolas e até bebedouros separados para brancos e negros, tem um documento/carteira que deve ser apresentada para um oficial se encontrar um no caminho, tem restrição no espaço para onde pode ir, não poder comprar armas de fogo, etc, o que também tinha no apartheid.No livro tem um grupo que persegue os cromos e apesar de ser proibido pelo governo e este não conseguir acabar com os participantes ele mata e violenta os coloridos, o Punho, que é claramente uma analogia a Ku Klux Klan.O livro inteiro trabalha vários valores morais e períodos históricos e é uma enorme analogia(sei que repito essa palavra pela centésima vez, mas...) a muita coisa da nossa realidade.
Sem querer dar spoiler, pois esse é revelado logo no começo e é previsível, o pastor que engravida Hannah, Aidan, traz uma outra situação, o preço da fama, e durante o livro fica esse dilema, revelar e ter todos seus fiéis e sociedade contra si ou continuar na mentira?Pois se fosse uma pessoa 'comum' não teria uma proporção tão grande a que poderia chegar, mas esse é o quanto se paga por ser famoso, e como disse, muitos outros temas são trabalhados, o amor, o alienismo, o homossexualismo, a resistência física e moral do ser humano, fantasia e muitos outros, o que achei que faltou foi que a autora poderia ter mostrado como esse sistema entrou no poder e o por que dessa classificação de cores, poderia ter acontecido mais coisa além do final que acabou meio de repente e eu fiquei aqui, sozinho esperando por mais, foi um livro que eu pensei que iria acontecer mais coisa e a resolução fosse maior, mas durante a leitura eu sempre desejava por mais...
"Durante a adolescência ela estava sempre se metendo em problemas, com relação a uma coisa ou outra: pondo batom, fazendo buscas proibidas nos orifícios do seu corpo, lendo livros que seus pais consideravam corruptores.Porém mais frequentemente os problemas eram o fato de ela formular as perguntas que brotavam com tanta insistência em sua cabeça: 'Por que é falta de decoro para as meninas não usarem camisas e para os meninos não?' 'Por que Deus deixa as pessoas inocentes sofrerem?' 'Se Jesus transformou água em vinho, por que é errado as pessoas o beberem?' "(pág. 25)
Uma parte que é meio off na resenha, mas que achei legal citar é quando é falado que o Brasil foi o último país da América Latina a perder a democracia, onde a direita conservadora entra no poder, será que na realidade isso realmente aconteceria?
A diagramação é simples, e o livro é dividido em cinco partes com capítulos de tamanho médio, a diagramação é simples, eu fiquei bem feliz que eles mantiveram a capa, que eu achei linda demais, fala a verdade né gente?Simples mas muito bonita, a fonte magrinha, que parece que combina perfeitamente com a história, outro detalhe legal é a lombada, que como mostrei no meu cubículo é dividida em vermelho e preto, a capa é fosca tipo Morte Súbita, Fallen, Cidade Mágica, etc e tem os detalhes em vermelho e o título em verniz brilhante.
É uma leitura que aborda muitos temas, onde vai se emocionar e mudar seus conceitos, vale a pena ler e acima de tudo debater e refletir.
"...-Ah, vamos lá, não me diga que você engole toda essa baboseira sobre nossa suposta 'sociedade pós-racista'.Os Cromos talvez sejam os novos negros, mas, acredite em mim, ainda ferram os antigos pra valer, e regularmente"(pág.123)
PLAYLIST:
-"Double Rainbow", Katy Perry OUÇA AQUI!
-"The Monster", Rihanna feat. Eminem OUÇA AQUI!
-"Seven Devils", Florence + The Machine OUÇA AQUI!
-"Dope", Lady Gaga OUÇA AQUI!
-"Try", P!NK OUÇA AQUI!
-"Mirror", Ellie Goulding OUÇA AQUI!
"DE INÍCIO, QUANDO A ESCURIDÃO começou a recuar, ela não teve consciência disso.Não existia 'ela', para ter consciência, apenas uma infinita não existência.Ela não estava no vazio, ela era o vazio.
Ela.Era"(pág. 350)
O Autor:
Hillary Jordan foi
criada no Texas e em Oklahoma e, hoje, mora em Nova York. Seu primeiro romance,
Mudbound, venceu o Bellwether Prize
for Fiction 2006 e ganhou um Alex Award da American Library Association. Além
disso, foi indicado para o NAIBA Fiction Book do ano, escolhido como um título
da Barnes & Noble Discover,
entrou na seleção da Borders Original
Voices e na lista do Indie Next. Quando ela acordou, sua estreia no
Brasil, entrou para a lista de mais vendidos e recebeu aclamação de público e
crítica nos EUA e Grã-Bretanha Acesse www.hillaryjordan.com
"-Se Deus é o Criador, se Deus engloba todas as coisas isoladas do universo, então Deus é tudo e tudo é Deus.Deus é a Terra e o céu, e a árvore plantada debaixo do céu, e o pássaro na árvore, e o verme no bico do pássaro, e a sujeira no estômago do verme.Deus é Ele e Ela, hétero e gay, preto, branco e vermelho... sim até isso - disse Simone enfaticamente, em resposta ao olhar cético de Hannah -, e verde e azul e todos o resto."(pág. 385)
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