"A Revolução dos Bichos"
Título Original: "Animal Farm"
Autor: George Orwell
Tradutor: Heitor Aquino Ferreira
147/112 pág.s
Editora: Cia das Letras/Plume/Longman Publishing Group
Lançamento: 2007/2003/1945
Onde Comprar: Opção 1 - Opção 2
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"Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes
escritores do século 20, "A Revolução dos Bichos" é uma fábula sobre o
poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos.
Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais
opressiva que a dos humanos
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de
ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou
desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em
que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo
nazifascista.
De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o
banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos,
instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História -
mimetizam os que estavam em curso na União Soviética.
Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram
constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos
bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como
arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do
socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política,
sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto."
Olá pessoal, tudo bom?A resenha de hoje é de um clássico da literatura, publicado originalmente em 1945 após muitas recusas de editoras e a censura da época, "A Revolução dos Bichos" é uma grande analogia ao ser humano, como o homem é o "animal irracional", e também, é claro o modelo soviético sob a ditadura de Stálin, o mito soviético, e na época da Guerra Fria, foi usado como arma anticomunista, retratando comunistas como os porcos, também se tem acontecimentos como o "Encontro de Teerã" que são representados no livro.
Orwell descreve claramente o processo de uma ditadura e da busca eterna pelo poder, é incrível como no começo se tem a "união" de todos até que no fim está totalmente oposto as ideias de revolução pregadas no início do movimento; como o controle dos outros através de sua ignorância: no livro se tem os sete mandamentos que todo animal deveria seguir, como não usar roupas, não dormir em camas, etc, e ao decorrer e piora da situação são acrescentadas algumas palavras que mudam totalmente o sentido do que foi pregado anteriormente, e assim como os animais que não sabiam ler(os porcos sabiam e alguns outros um pouco somente) aceitam por não terem esse conhecimento e pensarem terem esquecido e a regra ser assim mesmo, como a citação de um prefácio de Orwell:
"Vivenciar tudo isso foi uma lição valiosa: ensinou-me como é fácil para a propaganda totalitária controlar a opinião de pessoas educadas em países democráticos."(pág. 143)
.Com o desenrolar da história vemos a personificação do homem no animal, que antes buscava pela igualdade e abolia o homem e agora é igual a ele.
Originalmente escrito para ucranianos proletariados, e por isso a linguagem simples, Orwell sofreu uma grande repressão para a publicação(como disse acima), tanto é que é proibido até hoje em países como Coréia do Norte, Mundo Islâmico, etc.Na época a CIA foi contra a publicação e depois de conflitos até ajudou na distribuição do livro, usando-o como uma arma anticomunista.
Podemos dizer que Orwell é um grande visionista com em 1984 e
O livro tem diagramação normal, com páginas amarelas(que amo), e após o final vem um posfácio escrito por Christopher Hitchens em 2006 e dois apêndices: dois prefácios escritos por Orwell para esse livro, sendo um para a edição ucraniana.Eu gostei muito e recomendo, além de ser um clássico com lingaugem simples e leitura divertida, é uma lição de revolução e seu processo e uma mega aula de História e Geografia e conhecimento.
Abaixo outras citações de Orwell nos apêndices:
"A liberdade, se é que significa alguma coisa, significa o nosso direito de dizer às pessoas o que não querem ouvir.As pessoas comuns ainda acreditam vagamente nessa doutrina e agem de acordo com ela."(pág. 139)
"Até 1930 eu não me considerava totalmente socialista.Na verdade, nunca tive opiniões políticas claramente definidas.Tornei-me pró-socialista mais por desgosto com a maneira como os setores mais pobres dos trabalhadores industriais eram oprimidos e negligenciados do que devido a qualquer admiração teórica por uma sociedade planificada."(pág. 142)
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