Organização: Sonia Rodrigues
267 pág.s
Editora : Nova Fronteira
Lançamento: 2012
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"Fruto de uma profunda pesquisa feita pela filha Sonia Rodrigues, este livro é uma reunião preciosa de entrevistas com o genial dramaturgo. O objetivo da organizadora era manter intacta a integridade do pensamento de Nelson, e o resultado foi muito bem-sucedido: um livro repleto de declarações sagazes e coerentes que evidenciam a incrível visão de mundo de um dos mais importantes personagens brasileiros do século XX."
Olá pessoas, tudo bom?A resenha de hoje sobre um autor que está no centenário este ano: Nelson Rodrigues!Eu não vou intercalar a resenha com todas as citações hoje, pois são muitas, e acho cada uma essencial do autor, então por favor as leia abaixo.
Antes de ler eu achei que fosse a biografia do Nelson, no começo do livro pensei que seria um bio contada através dos próprios textos deles, e bom gente é mais uma coletânea de textos como a Sonia Rodrigues, filha do autor e organizadora dos textos do livro disse abaixo, o que realmente o livro é:
"Este livro, no entanto, não pretende "costurar" mais uma versão de sua biografia.Nelson Rodrigues por ele mesmo tenta unir o máximo que ele quis dizer sobre sua vida e sua obra.Respeitando, inclusive, a posição dele de que o memorialismo é um tipo de falsificação e que a ficção é autobiográfica."
Bom achei muito interessante a ideia do livro de se montar uma coletânea e através deles(textos) irem mostrando as características do Nelson e algumas de suas opiniões, pra quem não o conhece(vou dizer pelo que li no livro), ele começou escrevendo textos na escola, depois foi trabalhar com seu pai no jornal,
"Continuei escrevendo e comecei a ser marcado na aula talvez como um gênio.Era olhado pelas professoras como uma promessa de tarado."
e com isso foi ganhando reconhecimento e valor, daí passou a dramaturgo, até tem uma passagem no livro que ele diz que antes de ser dramaturgo era um crítico e sempre buscava inovar, não foi na pimeira peça que alcançou o sucesso, foi realizando projetos e com Vestido de Noiva que teve seu auge.
Eu senti Nelson Rodrigues meio neutro, crítico, não explicar, ele nunca estava de um lado definido, buscava sempre ver os dois lados e nunca se posicionar, a parte que ele fala que toda mulher gosta de apanhar, todas as normais, fiquei meio 0_0, é assim mesmo?Acho que ele foi meio, não sei, abusado, queria a opinião de uma mulher, kkkkk.Eu pensei que iria ter no livro algo sobre futebol, que ele escrevia sobre, eu queria saber mais dessa parte dele, eu não gosto de futebol, mas foi aí que achei que faltou um ponto no livro, não teve tudo sobre ele(é claro, seria meio que impossível tudo), mas esse lado era um pouco comentado, e algumas outras partes, esperava do nascimento até a morte, sei que é uma coletânea, mas no começo conta do nascimento, então esperava da morte também.
Eu achei interessante os método que sua filha usou no livro, algumas partes ela completava, o que está em negrito no livro, quando estava faltando alguma palavra, se não tivesse teria horas que você não saberia a quem tal passagem seria destinada, acho que foi um recurso que ajudou na compreensão da leitura.
A parte de diagramação do livro ficou bem legal, tem algumas páginas em cinza, e cada começo de capítulo uma frase dele escrita como se fosse em máquina de escrever, no final tem uma lista com todas as suas obras e adaptações para tv, teatro, etc que foram feitas, tem algumas fotos no final e algumas páginas com suas citações, escritas em letras de máquina de escrever em um tamanho um pouco maior, achei a capa bem criativa, o rosto do Nelson feito por letras e palavras, a capa é fosca e tem verniz localizado no seu "rosto".
"Era no tempo do Estado Novo, um tempo em que se o sujeito se chamasse Vargas, ainda que por acaso, ou seja, mesmo que não tivesse nenhum parentesco com os Vargas, tinha um prestígio automático."
"Todo contínuo, todo balconista, toda vendedora de cigarros acha que sua própria vida é um romance.Eu consegui a duras penas, já na reta final, ser tão autêntico quanto possível."
"Nunca fui escritor imoral.Injusta esta reputação que ganhei.O que represento no palco é pornografia dos outros, a imoralidade dos outros, a frustração dos outros.E muitos não aceitam isto por que se reconhecem nos meus personagens e não por que eu seja imoral."
"Eu sou reacionário porque sou pela liberdade.O não reacionário é o comunista que não tem liberdade nem para fazer greve.O socialista ortodoxo teve que engolir a castração imposta pela União Soviética e vem me falar de liberdade?"
"É preciso a releitura, para que haja uma relação mais profunda entre o leitor e o que ele lê.Com atelevisão, com a imagem, isso não é possivel.A leitura é mais inteligente, por que estabelece não só uma relação mais profunda, como também uma intimidade maior entre o leitor e o livro."
"Porque a única forma de protesto que eu conheço em nossa época, já que o sujeito individualmente não pode fazer nada, é a neurose.A neurose é um protesto formidável, portanto a juventude eu recomendo, seja neurótico.
Seja livre e neurótico, o resto é só."
Por hoje é isso gente, espero que tenham lido e tenham gostado, fico por aqui, tem promoção valendo esse livro, é apenas montar uma frase te descrevendo, #VocêPorVocêMesmo, clique aqui para participar!
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