"Cidade Mágica"
Autor: Drew Leman
Tradutor: Fal Azevedo
Editora: Bertrand Brasil
336 pág.s
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"Tendo sobrevivido a uma experiência traumática e agora sofrendo com o
estresse que isso lhe causou, Henry Fuller está apático e inseguro sobre
cada decisão que toma em sua vida, e se pergunta se pode confiar em seu
companheiro de rebeldia, que parece ficar extasiado ao pressionar Henry
ainda mais. Tudo isso em meio a uma vida escolar confusa e ao fim de um
relacionamento amoroso. Somente ele próprio é capaz de mudar sua vida
completamente. Mas será que ele pode e quer? Após sua casa ser atacada
por um furacão, o adolescente Henry passa a viver resignado e triste.
Para piorar, sua namorada termina o relacionamento e ele odeia a cidade
em que vive. Com uma escrita corajosa, Lerman traça um painel
interessante das mazelas enfrentadas na adolescência."
Essa resenha já era pra ter saído semana passada, mas por conta da internet que fiquei sem durante
vários dias, não consegui postar, mas enfim, vamos lá!
Narrada em primeira pessoa através de Henry, um adolescente americando que morar em Miami, e que adquiriu TEPT, ou Doença Pós-Traumática, após tentar regatar um cachorrinho dentro de um bueiro em meio a uma tempestade/furacão, e ele está numa época super turbulenta de sua vida, pais ausentes, namorada indecisa, ele indeciso, etc
"É um negócio complicado, crescer.Você passa sua vida inteira acreditando que o mundo é de um jeitoe, então, do nada, tudo muda.Você percebe que talvez seus pais não saibam de tudo, seu governo é corrupto, seus ancestrais são assassinos.Você descobre que um dia vai morrer e, depois disso, quem sabe realmente o que aconteceu?Em pequenas doses, você aprende que o mundo não é absolutamente nada parecido com o que as pessoas lhe contaram.A lavagem cerebral passa, e tudo o que você pode esperar é que ela volte."
O que me fez adorar a história, é o modo como ela é contada, é uma história de adolescente contada por um adolescente, o autor escreveu equanto estava no ensino médio, o que levou a ser, não sei se somente por isso muito natural, eu adorei como o personagem principal narra super sinceramente seus problemas e opniões sobre a vida, política, religião, etc.Você começa a ler e -Ah, outra pessoa que sente como você se sente.A história em si, e os acontecimentos não são uma coisa de outro mundo ou nunca vão acontecer com você, mas como disse, o jeito de escrever, o seu estilo de narrativa é muito bom.
"Os comprimidos que os médicos lhe receitam são para depressão.Desde o Adapin, passando pelo Luvox, até o Zoloft, nada disso é território desconhecido.Esses são nomes sofisticados para medicamentos genéricos, mas, se você tiver uma doença mental, pelo menos mantenha o estilo."
Enchi de quotes aqui, mas tinha muitos, e nem coloquei tudo, então não sabia qual colocar... :)
Não
sei se o que vou dizer é correto, sou um adolescente e tudo mais, mas é
um livro para se ler com com olhos de adolescnte, se divertir através
das aventuras, decepções e desentedimentos de Henry, foge dos temas
normais dos livros de adolescentes, ele tem alguns jogos de escrita, se
assim posso dizer, diferentes que achei super legal, e pode até ser um
do motivos pelo qual ele ganhou o PUSH NOVEL CONTEST, algumas partes ele
escreveu com itens, contas(por ex ao lado), etc, vale muito a pena
conferir.
"O que eles lhe dizem é para encontrar conforto no fato de que você não está sozinho.Pouco mais de 3,5% dos americanos passam pelo transtorno de estresse pós-traumático em algum momento.Console-se, você não passa de uma estatística.Há um milhão de pessoas exatamente como você e, quando você morrer haverá mais um milhão."
Agora fiquei ansioso para ler "O Apanhador no Campo de
Centeio" e "Cluba da Luta", pela citação na capa que quem leu esses dois
livros vai adorar ler Cidade Mágica.Eu procurei e infelizmente o autor
só lançou Cidade Mágica até agora, vamos esperar pra Bertrand lançar
mais títulos do autor.
"Então, vamos dirigindo por aí, emitindo monóxido de carbono e danificando a camada de ozônio, e vejo as imagens de Miami passando desfocadas pela janela.Em Miami, há duas regiões: condomínios e áreas que não são condomínios.Toda vez que um prédio, um shopping ou um parque recreativo para crianças em estado terminal é derrubado, um novo complexo é construído no lugar".
A Parte gráfica do livro é super legal, a capa do livro é fosca e tem a mesma textura de algodão(sei que não é algodão, mas não lembrava algo que tivesse essa textura)
como a capa de Fallen e O Casarão da Rua do Rosário, dentro da capa e
contra-capa tem aquele verde piscina super bonito, a diagramação dos
capítulos é simples, eu achei super legal a capa nacional que fizeram
pro livro, a internacionao(ao lado) tem uma mesa de jogo de cartas,
Henry e os amigos jogam, eu adorei a capa que o Rafael Nobre fez para a
versão brasileira, super bonita.
"Você pode chutar e gritar até que sua mão fique em carne viva no fim do seu braço, e nada muda.Você pode vandalizar uma bela placa de VENDE-SE de um empreedimento, quebrar janelas, pichar filosofia nas paredes, e você sabe que, dentro de um mês, dentro de uma semana, tudo será limpo, refeito e estará pronto para usar.Você é uma formiga sob um microscópio, agitando seus braços, nadando, arfando em busca de ar, cobiçando movimento, protestando contra o que nunca poderá mudar."
"Ele pergunta o motivo, eu não consigo parar de rir.O céu é tão enorme, tão infinito.A coisa toda tem que ser um pequeno experimento.Um jogo.Uma espécie avançada nos observando e tomando notas.Rindo.Fazendo suas apostas."
PLAYLIST:
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Aproximadamente entre 15% e 20% das pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas em casos de violência urbana, agressão física, abuso sexual, terrorismo, tortura, assalto, sequestro, acidentes, guerra, catástrofes naturais ou provocadas, desenvolvem esse tipo de transtorno. No entanto, a maioria só procura ajuda dois anos depois das primeiras crises.
Sintomas
Os sintomas podem manifestar-se em qualquer faixa de idade e levar meses ou anos para aparecer. Eles costumam ser agrupados em três categorias:
a) Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos;
b) Esquiva e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma;
c) Hiperexcitabilidade psíquica e psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.
É comum o paciente desenvolver comorbidades associadas ao TEPT.
Diagnóstico
O DSM-IV (Manual de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais) e o CID-10 (Classificação Internacional das Doenças) estabeleceram os critérios para o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático.
O primeiro requisito é identificar o evento traumático (agente estressor), que tenha representado ameaça à vida do portador do distúrbio ou de uma pessoa querida e perante o qual se sentiu impotente para esboçar qualquer reação. Os outros levam em conta os sintomas característicos do TEPT.
Tratamento
São opções de tratamento a terapia cognitivocomportamental e a indicação de medicamentos ansiolíticos, quando necessários.
Recomendações
* Preste atenção: o número de diagnósticos de transtorno do estresse pós-traumático tem aumentado nas últimas décadas. Procure assistência médica, se apresentar sintomas que possam ser atribuídos a esse distúrbio da ansiedade;
* Lembre-se de que a ocorrência de um agente estressor não significa que a pessoa vai desenvolver TEPT: algumas são mais vulneráveis e predispostas;
* Não subestime os sintomas do transtorno em crianças e
idosos depois de terem vivenciado situações traumáticas.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/wiki-saude/transtorno-do-estresse-pos-traumatico/
Comentem o que acharam da resenha, sobre o TEPT, etc, comentem pessoal, se tiver vários comentários libero sorteio de Cidade Mágica pra vocês!
Adorei a resenha, me identifiquei um pouco com ele, a minha adolescência também foi muito complicada e levei muitos anos para me recuperar de alguns traumas...mas simplesmente chegou um dia que eu vi que isso não levava a nada e mudei a forma de pensar sobre algumas coisas e que ninguém faria algo por mim a não ser eu mesma.
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